segunda-feira, 3 de abril de 2017

Tratamento da Hanseníase!

- O tratamento do paciente com hanseníase é feito com um combinado de medicamentos antibióticos, além de reabilitação física e psicossocial nos casos mais graves. Existem medicamentos diferentes, utilizados de acordo com o grau e a forma da doença e todos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

O tratamento pode durar de seis meses a dois anos, dependendo do estágio e forma da doença. Quem começa o tratamento deixa rapidamente de ser contagioso, não constituindo mais perigo para as pessoas próximas, portanto, não há necessidade de isolamento. A detecção precoce é fundamental para curar o indivíduo e interromper a cadeia de transmissão da doença. Mas é muito importante que o tratamento seja feito até o final, sem interrupção. O uso indiscriminado dos antibióticos que fazem parte do tratamento aumenta a chance do paciente tornar-se resistente às drogas, além de facilitar a progressão da doença para estágios mais avançados.

Como medida do reforço para interromper a cadeia de transmissão, o Ministério da Saúde está adotando, ainda neste segundo semestre, a terapia preventiva da hanseníase às pessoas que tiveram contato com pacientes diagnosticados com a doença. A iniciativa começará em treze municípios de três estados com alta carga da doença: Pernambuco, Mato Grosso e Tocantins.
A estratégia busca ampliar a cobertura de exames de contatos. Ou seja, a cada novo diagnóstico ou pessoa em tratamento, o serviço de saúde vai identificar e tratar, no mínimo, 20 contatos, entre pessoas que vivem na mesma casa, na vizinhança e outros contatos sociais. Mesmo sem ter sintomas da doença, a pessoa receberá uma dose única de antibiótico.

Medicamentos:
Antibiótico e Esteroide
Mata bactérias ou interrompe o desenvolvimento delas.
Modifica ou simula efeitos hormonais, muitas vezes para reduzir a inflamação ou aumentar o crescimento e a reparação tecidual.










quinta-feira, 23 de março de 2017

Formas de transmissão


Como se transmite?

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilos.
Recidiva
É considerado um caso de recidiva aquele que completar com êxito o tratamento PQT e que, depois, venha, eventualmente, desenvolver novos sinais e sintomas da doença. Os casos de recidiva em hanseníase são raros em pacientes tratados regularmente, com os esquemas poli quimioterápicos preconizado. Geralmente, ocorrem em período superior a 5 anos após a cura, sendo seu tratamento realizado nos serviços de referência (municipal, regional, estadual ou nacional).
Nos paucibacilares, muitas vezes é difícil distinguir a recidiva da reação reversa. No entanto, é fundamental que se faça a identificação correta da recidiva. Quando se confirmar uma recidiva, após exame clínico e baciloscópico, a classificação do doente deve ser criteriosamente examinada para que se possa reiniciar o tratamento PQT adequado.
Nos multibacilares, a recidiva pode manifestar-se como uma exacerbação clínica das lesões existentes e com o aparecimento de lesões novas. Quando se confirmar a recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado.
Critérios clínicos para a suspeição de recidiva
O diagnóstico diferencial entre reação e recidiva deverá ser baseado na associação de exames clínico e laboratoriais, especialmente, a baciloscopia, nos casos MB. Os casos que não responde­rem ao tratamento proposto para os estados reacionais deverão ser encaminhados a unidades de referência para confirmação de recidiva.

 A hanseniase não transmite por:
Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa hansenÍase.
Assentos, como cadeiras, bancos;
Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saúde;
Picada de inseto;
Relação sexual;
Aleitamento materno;
Doação de sangue;
Herança genética ou congênita (gravidez);

Importante:
Assim que a pessoa começa o tratamento deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.
Qual o período de incubação?

Em média de 2 a 5 anos.

Qual o período de transmissibilidade?

Enquanto a pessoa não for tratada.


Importante saber:
Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.

Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.

“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta
denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).

NOTA;
a) A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento PQT padrão.
b) Em mulheres na idade reprodutiva, deve-se atentar ao fato que a rifampicina pode interagir com anticoncepcionais orais, diminuindo a sua ação.
c) Em crianças ou adultos com peso inferior a 30kg, ajustar a dose de acordo com o peso conforme quadro a seguir:
Esquemas terapêuticos utilizados para crianças ou adultos com peso inferior a 30kg




http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2799
<http://brasilescola.uol.com.br/doencas/hanseniase.htm>. Acesso em 22 de marco de 2017.
https://www.bing.com/images/search?q=imagens+abra%c3%a7os+com+pessoas+hanseniase&FORM=HDRSC2


quarta-feira, 22 de março de 2017

Diagnóstico


DIAGNÓSTICO CLÍNICO

O diagnóstico clínico é realizado através do exame físico onde procede-se uma avaliação dermatoneurológica, buscando-se identificar sinais clínicos da doença. Antes, porém, de dar-se início ao exame físico, deve-se fazer a anamnese colhendo informações sobre a sua história clínica, ou seja, presença de sinais e sintomas dermatoneurológicos característicos da doença e sua história epidemiológica, ou seja, sobre a sua fonte de infecção.

O roteiro de diagnóstico clínico constitui-se das seguintes atividades:

• Anamnese - obtenção da história clínica e epidemiológica;

• avaliação dermatológica - identificação de lesões de pele com alteração de sensibilidade;

• avaliação neurológica - identificação de neurites, incapacidades e deformidades;

• diagnóstico dos estados reacionais;

• diagnóstico diferencial;

• classificação do grau de incapacidade física. O diagnóstico da hanseníase é realizado através do exame clínico, quando se busca os sinais dermatoneurológicos da doença.

Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características e que requer quimioterapia:

 • lesões de pele com alteração de sensibilidade;

 • acometimento de nervo(s) com espessamento neural;

• baciloscopia positiva.

ANAMNESE - A anamnese deve ser realizada conversando com o paciente sobre os sinais e sintomas da doença e possíveis vínculos epidemiológicos.

- A pessoa deve ser ouvida com muita atenção e as dúvidas devem ser prontamente esclarecidas, procurando-se reforçar a relação de confiança existente entre o indivíduo e os profissionais de saúde.

- Devem ser registradas cuidadosamente no prontuário todas as informações obtidas, pois elas serão úteis para a conclusão do diagnóstico da doença, para o tratamento e para o acompanhamento do paciente.

- É importante que seja detalhada a ocupação da pessoa e suas atividades diárias.

- Além das questões rotineiras da anamnese, é fundamental que sejam identificadas as seguintes questões: alguma alteração na sua pele - manchas, placas, infiltrações, tubérculos, nódulos, e há quanto tempo eles apareceram; possíveis alterações de sensibilidade em alguma área do seu corpo; presença de dores nos nervos, ou fraqueza nas mãos e nos pés e se usou algum medicamento para tais problemas e qual o resultado.

AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA: A avaliação dermatológica visa identificar as lesões de pele próprias da hanseníase, pesquisando a sensibilidade nas mesmas. A alteração de sensibilidade nas lesões de pele é uma característica típica da hanseníase.

Deve ser feita uma inspeção de toda a superfície corporal, no sentido crânio-audal, seguimento por seguimento,  procurando identificar as áreas acometidas por lesões de pele. As áreas onde as lesões ocorrem com maior frequência são: face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas, mas elas podem ocorrer, também, na mucosa nasal.

Devem ser realizadas as seguintes pesquisas de sensibilidade nas lesões de pele: térmica, dolorosa, e tátil, que se complementam.

Pesquisa de Sensibilidade: A sensibilidade normal depende da integridade dos troncos nervosos e das finas terminações nervosas que se encontram sob a pele. Sem ela o paciente perde sua capacidade normal de perceber as sensações de pressão, tato, calor, dor e frio. Por esse motivo, é importante, para fins de prevenção, poder detectar precocemente essas lesões, já que a perda de sensibilidade, ainda que em pequena área, pode significar um agravo para o paciente.

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Hanseníase é doença infeciosa, sistêmica, com repercussão importante nos nervos periféricos. O processo inflamatório desses nervos (neurite) é um aspecto importante da hanseníase. Clinicamente, a neurite pode ser silenciosa, sem sinais ou sintomas, ou pode ser evidente, aguda, acompanhada de dor intensa, hipersensibilidade, edema, perda de sensibilidade e paralisia dos músculos.

No estágio inicial da doença, a neurite hansênica não apresenta um dano neural demonstrável, contudo, sem tratamento adequado frequentemente, a neurite torna-se crônica e evolui, passando a evidenciar o comprometimento dos nervos periféricos: a perda da capacidade de suar (anidrose), a perda de pelos (alopecia), a perda das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil, e a paralisia muscular.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

A baciloscopia é o exame microscópico onde se observa o Mycobacterium leprae, diretamente nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões hansênicas ou de outros locais de coleta selecionados: lóbulos auriculares e/ou cotovelos, e lesão quando houver.

É um apoio para o diagnóstico e também serve como um dos critérios  de confirmação de recidiva quando comparado ao resultado no momento do diagnóstico e da cura.

Por nem sempre evidenciar o Mycobacterium leprae nas lesões hansênicas ou em outros locais de coleta, a baciloscopia negativa não afasta o diagnóstico da hanseníase.

Mesmo sendo a baciloscopia um dos parâmetros integrantes da definição de caso, ratifica-se que o diagnóstico da hanseníase é clínico. Quando a baciloscopia estiver disponível e for realizada, não se deve esperar o resultado para iniciar o tratamento do paciente.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

A hanseníase pode ser confundida com outras doenças de pele e com outras doenças neurológicas que apresentam sinais e sintomas semelhantes aos seus. Portanto, deve ser feito diagnóstico diferencial em relação a essas doenças.

Referência: Guia de Hanseníase- Ministério da Saúde


segunda-feira, 20 de março de 2017


Sintomas de Hanseníase

O Ministério da Saúde (MS) promove em parceria aos estados e municípios, ações de vigilância e educação em saúde, com o objetivo de alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença e incentivar a procura pelos serviços de saúde, além de mobilizar os profissionais de saúde à busca ativa de casos novos de hanseníase e exame dos contatos, especialmente os de convivência domiciliar (grupo com maior risco de adoecimento). As ações de busca ativa têm como foco o diagnóstico precoce da doença e a prevenção das incapacidades e deformidades físicas.  

O MS recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas em qualquer parte do corpo, principalmente, se essa mancha apresentar alteração de sensibilidade ao calor e ao toque, configurando como um dos sinais e sintomas sugestivos da doença.


Os principais sinais e sintomas são:- manchas na pele com alteração da sensibilidade térmica e/ou dolorosa; comprometimento neural periférica em mãos e/ou pés e/ou face.
É comum as pessoas falarem que estão com uma mancha dormente no corpo e chegarem ao consultório com uma cicatriz no local por terem feito o teste da sensibilidade. Mas é importante ressaltar que nem sempre a mancha doença vai estar totalmente dormente. Ela pode estar mais ou menos, dependendo do tempo. As manchas podem ser esbranquiçadas, que não dói, não coça e aparecem geralmente em lugares como as costas, braços, perna e rosto, mas isso não elimina outras áreas do corpo. É uma mancha que aparece no corpo e que muitas vezes as pessoas não se sentem incomodadas.
Também pode haver alteração de sensibilidade sem a mancha
Você também pode conhecer os Tipos de Hanseníase.



Referência bibliográfica;
blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/52287-conheca-mais-sobre-os-sinais-e-sintomas-da-hanseniase
Imagens da internet

sábado, 18 de março de 2017

O que é Hanseniase?

O que é Hanseníase?                       
                                  

Sinônimos: lepra, morfeia, mal de hansen, mal de lázaro .
                              

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.


sexta-feira, 17 de março de 2017

Tipos de Hanseniase


Tipos de Hanseníase



A Hanseníase é classificada de acordo com suas manifestações clínicas e o resultado da baciloscopia. De acordo com estes últimos, os pacientes que apresentam baciloscopia negativa em todos os locais de coleta são classificados como Paucibacilar (PB), enquanto aqueles que apresentam baciloscopia positiva em qualquer local de coleta são classificados como Multibacilar (MB).



     Hanseníase Indeterminada

É a forma inicial, evolui espontaneamente para a cura, na maioria dos casos. Geralmente se encontra apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade


Hanseníase Tuberculóide

É a forma mais benigna e localizada, acomete pessoas com alta resistência ao bacilo. Encontram-se poucas lesões, às vezes, apenas uma; de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade. Neste caso, ocorrem alterações nos nervos próximos a lesão, podendo acarretar dores, fraqueza e atrofia muscular.



     Hanseníase Dimorfa

É a forma intermediária. Há um maior número de lesões, as manchas podem atingir grandes áreas da pele, os nervos são bastante afetados. Esta pode polarizar para Virchoviana ou Tuberculóide.


  Hanseníase Virchowiana

Neste tipo a imunidade é nula e há uma maior multiplicação do bacilo, isto faz com que o paciente possa chegar a um quadro de maior gravidade, podendo anestesiar os pés e as mãos, sem a sensibilidade poderão ocorrer traumatismos e feridas que poderão acarretar deformidades, atrofia muscular, inchaço nas pernas e surgimento de nódulos. Órgãos internos também podem ser atingidos pelas consequências da doença.